Os espectadores da body art vivenciam uma multiplicidade de papéis, que vão de observador passivo a voyeur, passando de participante ativo. Reações emocionais são provocadas neles por meio de obras intencionalmente distanciadas, enfadonhas, chocantes, engraçadas ou que convidam à reflexão. O corpo proporciona meios para explorar várias questões, incluindo identidade, gênero, sexualidade, doença, morte e violência.As criações vão do exibicionismo, sadomasoquista a celebrações comunitárias, do comentário social à comédia.
Algumas das criações mais perturbadoras da body art foram realizadas durante as rebeliões estudantis e os protestos pelos direitos civis relacionados à Guerra do Vietnã e a Waltergate, nos anos60 e 70.
“Auto-retrato como fonte”(1966), do americano Bruce Nauman exerce o papel de uma homenagem à famosa “fonte” Duchamp e amplia o preceito do Duchampiano para incluir o próprio artista como obra de arte. “O verdadeiro artista é uma surpreendente fonte luminosa”.
Joseph Beuys_”Como Explicar Desenhos a uma Lebre Morta” (1965) - o artista vaga pela galeria com o rosto recoberto de mel e ouro, carregando no colo uma lebre morta com quem ele fala.
“Eu” de Marc Quinn, no qual o artista esculpi seu auto-retrato utilizando 4,5 litros de seu próprio sangue.
Marina Abramovic foi pioneira no uso da performance como uma forma de arte visual. O corpo sempre foi o seu tema e sua mídia. Explorando os limites físicos e mentais de seu ser, ela suportou a dor, a exaustão e a busca da transformação emocional e espiritual. Abramovic preocupa-se com a criação de trabalhos que ritualizem as ações simples da vida cotidiana como deitar, sentar, sonhar e pensar; com efeito, a manifestação de um único estado mental. Como membro vital de uma geração de artistas pioneiros de performance , Abramovic criou algumas das mais históricas peças iniciais e é a única que ainda fazimportantes trabalhosde longa duração.
Marina Abramovic e Ulay_ Imponderabilia, 1977
Marina Abramovic / Ulay "Relation in Space", 1976 - (Beziehung im Raum)
Performance, 58 min.
Abramovic faz elementos da sua biografia situações mentais fundamentias, dramatizando-as. O corpo dela é o seu "material" e com o espaço que ocupa, forma o seu "campo de atuação". Ela chega com frequência aos limites do física e mentalmente suportável, indo mesmo por vezes além deles. Tornou-se conhecida com uma série de performances na década de 70 do século XX nas quais se submetia propositadamente à dor física, ferindo-se repetidamente com incisões na pele ou cortando a mão com facas aguçadas.
http://www.youtube.com/watch?v=h9-HVwEbdCo
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