quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Futurismo/Space Age


Nos anos 60 o espaço se tornou para o homem uma obsessão.Com o avanço das ciências e tecnologias a disputa se intensificou entre os Estados Unidos e a União soviética pela Guerra Fria.Se o futurismo em 1910(nas artes plásticas, música, poemas e arquitetura) se apoiava na guerra, o Futurismo de 1960 é influênciado pela corrida espacial gerada na Guerra Fria. Os dois movimentos tem em comum o príncipio de negação do passado e o olhar sempre voltado para o futuro.




Propagandas dos anos 60


Bubble Chair criada pelo designer Eero Aarnio em 1968.

O aeroporto de Los Angeles projetado pelo arquiteto Paul R, Williams em 1962 é um bom exemploda arquitetura space age.



O uniforme da comissárias da Braniff Airlines, de 1965, que tinha até capacete.


A corrida pela conquista da Lua influênciou a moda, a arte, a cultura, o pensamento da época.No final da década, em 20 de julho de 1969 a bandeira dos EUA tornou-se a primeira a ser fincada na lua.

Futurismo na Moda

Em 1964, André Courrèges modernizou o mundo da moda apresentando sua coleção “space age” em uma sala pequena, toda branca, ao som insistente de tambores.Com idéias de tecnologia e viagens espaciais, propondo mulheres vestidas com roupas futuristas em materiais sintéticos, trabalhando sua cartela de cores do branco total com nuances de prata e cores flurescentes. O espírito jovem da época ficou imortalizado nas suas "moon girls".


O estilo Cosmonauta fez de Courreèges o costureiro mais copiado da década.

O fotógrafo Peter Knapp transformava a moda de Courrèges em fotografias "em movimento".

No Brasil, modelitos Courréges na revista Manequim.


Paco Rabanne criou trajes inteiros juntando pequenos componentes de plástico e metal. Lantejoulas e discos de metal brilhantes eram juntados por anéis de metal partidos nos trajes de noite, enquanto os vestidos de dia eram compostos de segmentos de couropresos nos cantos com rebites de latão. A modelagem era rudimentar, Rabanne usava cortadores e alicates na sua cosntrução e os trajes não ofereciam conforto.



Vestido de noite e de Cocktail de placas baças e transparentes, que graças à luz artificial, brilham com cores diferentes.




Brincos criados em 1965 - Foto: Livro Paco Rabanne


Vestido com capuz, 1967

Para dar a aparência de nudez, as roupas eram usadas sobre malhas inteiriças cor de pele.Os modelos de Rabanne tornaram-se objeto de culto no final da década de 1960, quando foram vestidos por Peggy Moffitt e Donayale Luna.Os seus vestidos futuristas de metal haviam adquirido, nos anos 60, o mesmo significado para o showbusiness que os vestidos de cetim brancos para as sereias de Hollywood, nos anos 30

Em 1964, os experimentos de Pierre Cardin com odelos ultramodernos colocaram-no firmemente no movimento futurista da moda. Cardin era fascinado pela exploração interplanetária, e a primeira caminhada no espaço, do astronauta major Ed White, inspirou sua coleção Cosmo, de 1965.

Capacetes criados pelo estilista Pierre Cardin



Usando e abusando de motivos geométricos, muitas vezes o estilista francês ignora a forma feminina. Ele, que foi o responsável pela intrudução do “vestido bolha” em 1954, desenvolveu um estilo unisex altamente experimental e nem sempre muito prático. Usava cores berrantes e padrões geométricos.

Pierre Cardin apresentou sua nova coleção primavera-verão 2009 em Theoule sur Mer, no sul da França. Com traços futuristas e inusitados, as modelos desfilaram chapéus arredondados e superestampados, burcas em matelassê e vestidos metalizados com aros e cores fortes.



A marca AcquaStudio por exemplo trabalhou um futurismo “a La Jetsons”, com certo artesanato origami para o verão 2010 e trouxe para a passarela uma moda festa pra lá de conceitual, com vestidos-escultura feitos sob medida e com exageros que são impossíveis de se adaptar a dia a dia até porque o simples ato de sentar é uma missão impossível na maioria dessas peças.




Branco e preto, rígido e solto,foi o modo como Gareth Pugh trabalha em sua mais recente coleção o tema inspirado na personagem Ofélia, de um romance shakespeariano.
Paris Fashion Week, Verão 2009.

Gareth Pugh e Daphne Guinness. Revista Time Out de Londres.
Filmes:



2001: Uma Odisséia no Espaço, com figurino de Hardy Amies, filme de 1968.



Barbarella (Jane Fonda), figurino de Paco Rabanne e Jacques Fonteray, filme de 1968.



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